Com o ano de 2025 entrando em sua reta final, já temos dados oficiais suficientes para fazer um balanço honesto e estratégico: a parceria Brasil-Índia mudou de patamar.
Se antes falávamos em promessas, os números do ComexStat (sistema oficial de estatísticas do comércio exterior brasileiro) mostram que o "gigante adormecido" acordou e está comprando e vendendo como nunca.
Recentemente, em missão oficial a Nova Delhi, o governo brasileiro projetou um futuro de US$ 20 bilhões para o comércio bilateral.
Mas o que os dados "quentes" de janeiro a outubro de 2025 nos dizem? Eles mostram que já superamos o total do ano anterior e estamos pavimentando uma estrada sólida para atingir essa meta ambiciosa muito em breve.
Se você gere operações de comércio exterior, sabe que contra dados não há argumentos. Vamos olhar para o que aconteceu até agora e o que isso projeta para 2026.
Para entender o tamanho da oportunidade, mergulhamos nos dados oficiais do governo brasileiro acumulados até outubro de 2025. O cenário é de aquecimento nítido.
De janeiro até o início de outubro, o fluxo comercial (a soma de tudo que foi e voltou) já acumula US$ 12,45 bilhões.
Para você ter uma ideia da força desse número, só no mês de outubro, movimentamos quase US$ 2 bilhões em apenas 30 dias — foram US$ 937 milhões em exportações e impressionantes US$ 1,05 bilhão em importações.
Fazendo uma projeção técnica baseada na média mensal e considerando o forte aquecimento do último trimestre (Outubro foi o melhor mês do ano), tudo indica que fecharemos 2025 consolidando a casa dos US$ 15 a US$ 16 bilhões.
Isso valida perfeitamente a primeira parte da profecia econômica feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin: consolidamos o crescimento de 12 para 15 bilhões este ano. O próximo degrau? Os tão sonhados US$ 20 bilhões, que agora deixam de ser um sonho distante para se tornar uma meta palpável para 2026.
O volume financeiro que vemos no ComexStat é a consequência, mas a causa desse otimismo está na derrubada de barreiras.
Durante as negociações bilaterais, Alckmin e o ministro de Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, anunciaram a ampliação do Acordo de Preferências Tarifárias Mercosul-Índia.
Sendo francos: a versão atual cobre cerca de 450 linhas tarifárias. Para o tamanho das nossas economias, isso é uma "amostra grátis".
A expansão dessas linhas é o que vai permitir saltarmos dos atuais US$ 15 bilhões para os US$ 20 bilhões. O próprio vice-presidente foi enfático: “Hoje temos um acordo [...] pequeno. Então, podemos aprofundar, ampliar essas linhas tarifárias para ter preferência nas vendas”.
Para o empresário brasileiro, isso significa competitividade real. Se o seu produto antes chegava caro demais em Mumbai por causa dos impostos, essa revisão é o gatilho que faltava.
Com o cenário econômico desenhado pelos dados de 2025 e novos incentivos surgindo, é o momento crucial para entender como o programa Acredita impulsiona a exportação e preparar seu caixa para essa expansão.
Quem opera na Ásia sabe: a burocracia do visto sempre foi um freio de mão puxado.
Uma das vitórias recentes para destravarmos esses próximos bilhões foi o anúncio do visto eletrônico de negócios. O governo confirmou que a área corporativa terá acesso facilitado tanto na embaixada em Nova Delhi quanto no consulado em Mumbai.
Isso agiliza missões e prospecção. No comércio exterior, tempo é margem. Se os dados de outubro mostraram um pico de negociações, imagine o potencial quando a circulação de empresários for desburocratizada.
Os dados de importação de 2025 (que superaram as exportações em vários meses, como mostram os registros de Setembro e Outubro) revelam que o Brasil está comprando tecnologia e insumos, não apenas quinquilharias.
A pauta está ganhando maturidade. Na energia, a Petrobras firmou contratos para fornecer 6 milhões de barris de petróleo.
Na saúde, a Índia se consolida como parceira estratégica na indústria farmacêutica, vital para mantermos custos competitivos no Brasil. Essa troca de alto valor agregado (petróleo x fármacos/tecnologia) é o que sustenta o crescimento robusto que vimos nos gráficos deste ano.
A análise é simples: se em 2025, com um acordo tímido, já batemos quase US$ 2 bilhões em um único mês (outubro), o que acontecerá quando o acordo tarifário for ampliado?
Quem chega primeiro bebe água limpa. A Índia possui uma classe média sedenta por produtos de qualidade e o Brasil precisa diversificar fornecedores para não depender apenas da China.
Não espere os dados de 2026 confirmarem o óbvio: inscreva sua empresa como vendedora global na B2Brazil e comece a testar a aceitação do seu produto agora.
Os números do ComexStat não mentem: o dinheiro está fluindo para o eixo Brasil-Índia. O governo pavimentou a estrada em 2025, e 2026 será o ano da aceleração.
Para aproveitar o próximo ciclo:
2025 foi o ano da consolidação. 2026 será o ano dos recordes. Sua empresa vai participar dessa fatia de US$ 20 bilhões ou vai apenas ler as estatísticas no final do ano que vem?
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